junho 27, 2010

Coloridos e elegantes ...

Assim eram os cartuchos do Famicom (NES) no Japão. Diferente de suas versões grandes lançadas nos EUA, ainda tinham em suas caixas um trabalho de arte mais desenvolvido. No passado as artworks das versões japonesas eram diferentes das ocidentais. Nos games atuais é difícil haver essa diferença.

World of Warcraft – Minha experiência

Sempre fui apaixonado por RPGs. Aos 15 anos em 1994 já estava com um livro de Ad&d 2nd Edition debaixo dos braços procurando por grupos e jogando essa coisa. Nessa época poucas pessoas sabiam do que se tratava, quase ninguém entendia direito como se jogava e das poucas coisas que tínhamos, todas eram importadas. Enfim, esse foi o início até que os RPGs foram transportados para os games. Sempre tive prazer em jogar esse tipo de game e quando surgiram os MMORPG (Massive Multiplayer Online Roleplaying Game) fiquei de certa forma chateado por não poder aderir à eles devido a dificuldade de contratação (exigencia de cartão internacional e falta de suporte no Brasil) e baixa velocidade de conexão.

Enfim, mesmo não tendo sido o precursor do movimento, o primeiro MMORPG que joguei foi World of Warcraft. O ano era 2008 e com um cartão de crédito internacional fiz minha inscrição no serviço.
Foi o início de um ano em que minhas noites foram praticamente voltadas para uma unica coisa: Jogar WoW. A interface do game é fantástica, a jogabilidade é maravilhosa, sua estrutura é complexa e os mundos são imensos. No 1o dia creio que quase desisti pois o achei como um RPG qualquer. Depois de algumas horas de jogo pude entender seu mecanismo, o que deveria fazer e como deveria jogar. Aliás, durante o ano todo eu fiquei nisso porque você nunca sabe o suficiente. A estrutura é tão grande que por horas você se vê consultando faqs e fórums. Inclusive há uma enciclopédia só para o game www.wowwiki.com.

O que te prende ao jogo é o crescimento. Mesmo atingindo os níveis mais altos, você ainda deve correr atrás de equipamentos. Armas, armaduras, escudos, anéis, braceletes entre outros são procurados por todos. Têm classificação por raridade e para conseguir os mais poderosos você precisa jogar durante horas em dungeons para, no fim, ter a oportunidade de disputá-lo entre outras dezenas de jogadoes que estão em seu grupo e que também o querem. Agora imagine que situação: você entra num grupo, vai para uma raid, fica jogando durante umas 5 horas e quando mata o Boss final ele finalmente dropa sua sonhada armadura. Até aí tudo bem. O pior é que seu grupo pode ter uma porrada de gente e aí você terá que ser o sortudo de ficar com o item. Não ficou com você? Mais 5 horas na raid de novo e você pode tentar! =o/.

São mecanismos como esses que a Blizzard usa para atrair os gamers. Entre uma das razões de seu sucesso é que o game não admite jogadores casuais. Não tem graça ser casual em WOW. Ser casual é ser fraco. Então de casual consequentemente você vira hardcore e se vê perdendo noites de sono atrás da fama e do poder. Isso mesmo. Não vejo outra explicação. Até fortes ações políticas o game envolve haja vista o sistema de guildas onde as pessoas com determinadas afinidades se juntam. Aí sim que começam discussões sobre loot, liderança, entre outras onde no caso de um grupo sem união facilmente acabará em discussão e dissolução pelos seus membros. Eu mesmo participei de uma Guilda onde haviam privilégios somente para determinados jogadores e que acabou se dissolvendo devido a diversas discussões e brigas entre seus representantes.

Depois de muito tempo jogando acabei desanimando devido a dificuldade com horários. Para poder jogar decentemente e conseguir um diferencial é preciso jogar em grupos bons e dedicar um bom tempo (no mínimo 2 horas por dia). Cancelar a conta foi um ato difícil pois dediquei muito tempo a isso. O bom é que seu personagem fica nos servidores da Blizzard para que você o recupere quando quiser voltar. E olha que a Blizzard manda emails com frequencia te convidando de volta.

Enfim, deixei de lado os videogames e fiquei 1 ano direto no PC. Mas o que mais me arrependo de ter perdido foi mesmo o sono de algumas noites =o((.

Links:

junho 16, 2010

Livro: The Ultimate History of Video Games


Assim como a maioria dos que lêem esse post tenho um gosto especial por games antigos e assim como muitos passei minha infância toda jogando NES/SNES/Master System/Mega Drive porém , naquela época tinhamos pouquissimas informações sobre as empresas, softhouses e bastidores dessa indústria. O que tinha a disposição eram revistas “especializadas” que traziam tipo 1 página de curiosidades e o resto uma avalanche de fotos, reviews e dicas.

Enfim, até então nada sabia das coisas que rolavam na indústria de games e como, quando, onde ou porque empresas grandes como Nintendo, Sega, Eletronic Arts, Actvision, Atari, etc foram formadas.

Lógicamente não encontrei literatura nacional e ficar pegando informações picadas na internet não é comigo então fui atrás de um livro gringo e encontrei. Segue meu review:
















Título: The Ultimate History of Video Games
Autor: Kent, Steven L.
Páginas: 608
Idioma: inglês

A proposta do livro é falar desde o início dos games até a data que o livro foi lançado quando estavam no mercado a geração PS2/Gamecube/XBOX.
O autor entrevistou centenas de pessoas que tiveram contribuição fundamental para a formação da indústria de games e o que ela representa hoje. Logo no prefácio ele cita que o Sr. Yamauchi (fundador e presidente da Nintendo) não lhe concedeu entrevista alguma e isso me deixou bem desapontado no começo mas assimq ue o livro começa a gente esquece isso logo.

Adorei a estrutura do livro pois como uma linha do tempo ele vai relatando os acontecimentos e colocando frases e partes de suas entrevista com as pessoas. Figuras são bem poucas e estão concentradas no meio do livro. Estão lá basicamente para dar cara aos bois! Ahahah. Não tem tela de jogo até porque não é esse o propósito do livro, não é pra mostrar como os games eram mas sim contar a história dos games desde a sua criação e dos bastidores dessa indústria. Portanto não espere saber como eram os gráficos de Spacewar ou como era o design do 1o Odyssey.

Após leitura você saberá como surgiram as principais empresas do ramo, as principais softhouses, a maioria das grandes brigas judiciais (e tem muito disso no livro!), quem passa a perna em quem, quem se vende por pouco, quem compra quem, quem é o mais fdp (sim, Steve Jobs aparece =D), enfim, tem tanta coisa que eu achei simplesmente fantástico. Essas 608 páginas foram lidas em 2 semanas sem problema algum!!!

Segue abaixo algumas coisas interessantes que tirei do livro para terem uma idéia de como é

“Nintendo was extremely dimissive about Sega. I think there was some concern about Genesis, but they were generally very dimissive. The feeling at Nintendo always was that Sega was kind of a second-class outfit”
Richard Brudvik-Lidner, former group supervisor, Nintendo of America Account

“nobody, including me, thought that Game Boy would take off like it did. Game Boy is the most perfect example in the industry that you can't be sure about anything, and anytime that somebody shows me something that I have doubts about, I remind myself that I had doubts about Game Boy, too.”
Don thomas, former director of customer service and marketing, Atari Corporation

O que eu achei legal : Diversos trechos de entrevistas, detalhes da personalidade de empresários do ramo, como surgiram as softhouses, gafes e erros cometidos.

O que falta: Cobre basicamente o que aconteceu nos Estados Unidos. Fala do Japão também, mas não com o mesmo detalhamento.

É só, se interessou compre o livro. Custa uns 18 dolares na amazon e vi que tem a venda na Saraiva também

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